Senhores deputados,

Redijo-lhes esta carta em crítica à lei que vossas senhorias criaram e que tem como objetivo punir qualquer pessoa que tenha em sua guarda uma criança e a agrida, seja verbal ou fisicamente.

Talvez, não tenha tanto conhecimento como vocês, mas tenho experiência o suficiente para dizer que a educação que os pais devem, ou não, dar aos seus filhos é complexa demais para ter tal lei, tão incompleta, em vigor.

A fase da infância/adolescência é considerada uma das mais importantes, já que é ela que começamos a moldar o nosso caráter. E aí vem a questão: É correto ou não usar “ palmadas” como maneira de moldar nossas crianças? O fato é que uma criança ainda não é capaz de distinguir o certo do errado (nem alguns adultos o fazem.) e muitas vezes só falar não é o suficiente para o entendimento. Claro que espancar uma criança, não trará resultado positivo nenhum já que, ou a criança, quando crescer, usará o exemplo agressivo da pessoa que a batia e ficará igual, ou será tão traumatizada que ficará sempre com medo, tornando-se fechada. Já uma criança que nunca levou um NÃO, ou uma palmada, poderá ser extremamente mimada, ou ser calma.

Por isso eu digo, a lei é incompleta e as pessoas são complexas. E são elas, as pessoas, que irão decidir se quando “crescerem“ vão ser boas ou ruins, independente se apanharam ou não.

A grande problemática da lei, não é o conteúdo, é a falta de complemento nela(o fato de uma simples “palmada” educativa ser crime). Uma palmada pode até não ensinar o certo, mas pode prevenir o errado.

Talvez, se a educação que o país proporciona fosse boa o suficiente para formar cidadãos, no mínimo conscientes, as palmadas que os pais dão para fazê-lo não seriam tão necessárias.
Cidadã Brasileira.

Autora: Mariana Colle, 3A.

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